Supraglotoplastia

De acordo com os sintomas que a criança apresenta, a laringomalácia pode ser considerada:

 

Leve: apresenta apenas o estridor;

Moderada: tosse, engasgos, regurgitação, dificuldade para alimentação;

Grave: apnéia, cianose, dificuldade de ganho pondero-estatural, hipertensão pulmonar, cor pulmonale.

 

A classificação pelo quadro clínico é quem determina a conduta/tratamento. O tratamento clínico é realizado através do uso de medicamentos que tenham o intuito de diminuir a inflamação das estruturas supraglóticas e geralmente é indicado para casos leves e moderados.  O tratamento cirúrgico geralmente é indicado para casos graves.

A supraglotoplastia é uma cirurgia realizada na região supraglótica da laringe. Esta cirurgia tem como objetivo abrir a laringe para permitir a inspiração, sem que ocorra o colabamento das estruturas supraglóticas. O procedimento cirúrgico é realizado nos casos em que é necessária a ressecção das pregas ariepiglóticas e remoção do tecido redundante das cartilagens aritenóides. A cirurgia também é realizada nos casos em que há queda da epiglote.

Nos casos que tem indicação cirúrgica, a classificação anatômica determina o o tipo de abordagem/técnica que será utilizada no procedimento. Segundo a classificação de Olney (1999):

 

Tipo I: Colabamento das estruturas subjacentes a aritenóide.

Tipo II: Encurtamento das pregas ariepiglóticas.

Tipo III: Queda posterior da epiglote.

Tipos de Laringomalácia Classificação de Olney

A supragloplastia é uma das possibilidades de tratamento dos casos graves de laringomalácia. Ela tem um alto índice de sucesso em crianças que não possuem outras alterações. Nesses bebês (sem outras comorbidades) o tratamento costuma ter sucesso com apenas um procedimento. Uma segunda intervenção poderá ser necessária caso a criança continue apresentando sintomas graves. As principais complicações da supraglopoplastia são estenose ou a falha do tratamento cirúrgico.

Todo conteúdo que disponibilizamos é meramente informativo. O diagnóstico e a condução do tratamento só devem ser feitos pelo seu médico. Textos e comentários não substituem a consulta médica. Se você acha que o bebê está com problemas para respirar, chame o SAMU ou procure o pronto atendimento.